18 de dezembro de 2007

Artes Cênicas - Danças

A atividade da dança pode desenvolver nos arte-educandos a compreensão de sua capacidade de movimento, mediante um maior entendimento de como seu corpo funciona. Assim, poderá usá-lo expressivamente com maior inteligência, autonomia, responsabilidade e sensibilidade.
Um dos objetivos educacionais da dança é a compreensão da estrutura e do funcionamento corporal e a investigação do movimento humano. Esses conhecimentos devem ser articulados com a percepção de espaço, peso e tempo.
Balé
O Ballet Clássico é a base de todas as outras modalidades, pode ser aprendido desde os primeiros anos de vida até a idade avançada. Serve como manutenção da saúde, na qualidade de vida do ser humano, pois além de incentivar a postura e a elegância, também serve para corrigir desvios posturais e problemas nos joelhos e pés, sem falar na elevação da auto-estima das crianças que estão no meio de um processo de construção das suas estruturas emocionais, desenvolvendo nestas, melhor adaptação social.
Nas oficinas o uso do uniforme está ligado à disciplina, cada nível tem seu respectivo uniforme. O importante é que as roupas, sapatos e acessórios sejam confortáveis e permitam a realização dos movimentos.
O Departamento de Cultura oferece este estilo de dança no Núcleo Central e no Projeto Aplauso.
Baby Class (4 a 7 anos)
Estímulo aos primeiros passos, onde as crianças criam seus próprios movimentos, descobrem seu corpo, preparam o controle-motor, a musicalidade e depois vão sendo introduzidas as técnicas do balé clássico.
Ballet Cisne (a partir dos 8 anos)
Neste nível a técnica de dança clássica é mais exigida do que no nível anterior. Desenvolve concentração, disciplina e equilíbrio aliado às técnicas de barra, solo e alongamento, fortalecendo a musculatura dos arte-educandos.
Balé Cisne Negro (Pontas)
A técnica é mais difundida, mostrando a habilidade técnica e virtuosa, com seqüências complicadas de passos, giros e saltos.
Um pouco da História... Nasceu há cerca de 500 anos na Itália onde, junto a outros tipos de arte, divertia a nobreza da época. Ao tornar-se rainha da França por casar com o rei Henrique II, a italiana Catarina de Médicis introduziu o ballet na corte francesa. A partir daí, os espetáculos passam a ter mais regularidade e começam a ser aprimorados. No reinado de Luis XIV, ganha enorme popularidade por ser este rei um bailarino e amante das artes. Em 1661, Luis XIV funda a academia real de ballet e academia real de música e, mais tarde, a escola nacional de ballet. Foi nesta época, através do professor Pierre Beauchamp, que nasceram as cinco posições dos pés que servem de base até hoje para o aprendizado acadêmico do ballet clássico.
Jazz
O jazz é uma forma de expressão pessoal criada e sustentada pelo improviso. Também é oferecido este estilo de dança pelo Departamento de Cultura, onde o mesmo está implementado em Oficinas no Núcleo Chapada e Projeto Aplauso.
Um pouco da História...
Na sua origem a Dança Jazz tem raízes essencialmente populares. Com uma evolução inicial paralela à da música jazz, surgiu nos EUA no final do século passado. Pode-se afirmar, inclusive, que nasceu diretamente da cultura negra.
No início, nas viagens dos navios negreiros da África para os Estados Unidos, os negros que não morriam de doenças eram obrigados a dançar para manterem a saúde. As danças tradicionais dos senhores brancos eram as polcas, as valsas e as quadrilhas, e os negros os imitavam para ridicularizá-los, mas dançavam de acordo com a visão que tinham da cultura européia, e misturando um pouco com as danças que conheciam, utilizando instrumentos de sua cultura. Dessa forma, surgiu o jazz, que era uma mistura da imitação dos ritmos europeus com os costumes naturais dos negros.
As diferentes técnicas do Jazz têm demonstrado que muitos princípios foram herdados do Ballet Clássico e da Dança Moderna, e alguns professores têm divulgado e desenvolvido seus métodos de fundamentação técnica para a formação do bailarino cada vez mais eclético. Não se sabe qual será seu futuro e suas novas influências, mas o que se pode afirmar é que até hoje, o jazz tem sido uma das formas mais importantes de expressão.
Danças do Ventre
O Departamento de Cultura oferece ainda a Oficina de Danças do Ventre, que é uma dança feita exclusivamente para o corpo feminino. É dançada com os pés descalços, sendo caracterizada por movimentos sensuais.
Nas aulas são desenvolvidas as técnicas de quadril que integra corpo e mente e exercícios de condicionamento físico ampliando a capacidade de movimentos, equilíbrio e consciência corporal.O Departamento de Cultura oferece este estilo no Núcleo Central.
Um pouco da História... Dança folclórica que retrata a música, sentimentos e a cultura de um povo de origem estrangeira, que ganharam espaço e se estabeleceram em muitos lugares do Brasil. Sua origem não é precisa. Alguns historiadores acreditam que esta dança nasceu na Grécia, outros afirmam ter sido o Egito o berço dessa arte onde provavelmente se desenvolveu durante os rituais de sacerdotisas em tributos a deusa Ísis e depois em festividades populares, propagando-se por todo Oriente Médio e daí para o resto do mundo. As apresentações desses estilos de dança são sempre marcadas pela transparência dos véus e colorido das roupas, e algumas dançarinas utilizam acessórios como cobras, velas, espadas e candelabros. Uma certa magia se instala no momento das apresentações onde os corpos se expressam através do ritmo característico, e os sorrisos abrilhantam e envolvem a todos numa viagem através dessa cultura milenar.
Dança de Rua
O estilo mais procurado pelos arte-educandos na área da dança oferecido pelo Departamento de Cultura é a Dança de Rua, que tem revelado alguns talentos nessa área. Esses resultados podem ser medidos principalmente durante a participação dos grupos em Encontros, Mostras e Festivais de Dança, tanto em nível municipal como estadual, alcançando sempre as melhores colocações.
O Departamento de Cultura oferece este estilo no Núcleo Central e Núcleo Chapada e no Projeto Aplauso.
Um pouco da História...
As primeiras manifestações surgiram na época da grande crise econômica dos EUA, em 1929, quando os músicos e dançarinos que trabalhavam nos cabarés ficaram desempregados e foram para as ruas fazer seus shows. Em 1967, o cantor James Brown lançou essa dança através do Funk.
O Break, uma das vertentes do Street Dance, explodiu nos EUA em 1981 e se expandiu mundialmente, sendo que, no Brasil, devido à sua cultura, os dançarinos incorporaram novos elementos de dança. Em janeiro de 1991, foi criado na cidade de Santos, o primeiro curso de “Dança de Rua” no Brasil, idealizado e introduzido pelo coreógrafo e bailarino Marcelo Cirino, baseado em trabalho prático e de pesquisa, desde 1982. O curso virou projeto e para alguns “religião”, sempre com o apoio da Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Santos. Hoje sua repercussão mundial retrata o reconhecimento do trabalho e não um simples modismo.